A neuropsicologia tem evoluído com a incorporação da realidade virtual (RV) como ferramenta de avaliação e intervenção. A RV permite a criação de ambientes tridimensionais interativos que simulam situações do cotidiano, proporcionando uma avaliação mais precisa e ecológica das funções cognitivas, emocionais e comportamentais. Pesquisas científicas têm demonstrado os benefícios da RV na neuropsicologia, como: maior engajamento do paciente; possibilidade de personalização dos tratamentos; exposição segura e controlada e coleta de dados em tempo real para monitoramento do progresso terapêutico. Isso permite aos profissionais de saúde mental adaptar as intervenções de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.
Estudos indicam que a utilização de ambientes virtuais podem auxiliar no tratamento de fobias e ansiedade, com exposição controlada e gradual a estímulos que desencadeiam medo ou ansiedade, como alturas, espaços fechados ou multidões. Os pacientes podem enfrentar seus medos em um ambiente seguro e supervisionado, facilitando a dessensibilização e o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento. Assim como com o uso de Mindfulness e Relaxamento por meio de ambientes virtuais imersivos podem induzir estados de relaxamento profundo, auxiliando no manejo do estresse e promovendo o bem-estar geral.
Outros estudos indicam que a utilizacão da RV pode auxiliar também na reabilitação cognitiva e no treinamento de habilidades sociais. Por meio de exercícios interativos que estimulam funções como memória, atenção e resolução de problemas, promovendo a neuroplasticidade e a recuperação funcional. Pessoas com transtornos do espectro autista ou fobia social podem se beneficiar de ambientes virtuais que simulam interações sociais. Isso permite a prática de habilidades comunicativas e o reconhecimento de pistas sociais em um contexto livre de riscos.
Algumas plataformas podem ser usadas com o uso da RV para esse objetivo descrito acima, como a Nesplora e a Therafy.
